Para quem não for viajar no feriado, começou ontem no Pacaembu a segunda edição da Feira do Livro, parceira entre a Associação 451 e a Maré Produções. Neste ano, a programação terá mais de 70 convidados nas mesas literárias dividas em em palcos dentro e fora do estádio e 144 expositores. Fora a série de oficinas bacanas. Tem conversa para todos os gostos. Pensando a partir de sexta, eu super recomendo a mesa com o poeta Jericho Brown e sua tradutora Stephanie Borges, a conversa com a Patricia Hill Collins, o papo entre Itamar Vieira Junior e Ana Maria Gonçalves mediado pela Adriana Ferreira da Silva, o argentino Pablo Katchadjian falando de A Liberdade Total com Joca Reiners Terron.… Enfim, é muita coisa legal, e tudo de graça.
Para sair de casa
Começando pelo teatro, fica em cartaz até 2 de julho no Sesc Avenida Paulista o monólogo multimídia Vista, com Julia Lund e concepção de Luiz Felipe Reis, de quinta a domingo. Já no Sesc Santana, essa é a última semana para ver Aquário com Peixes. De hoje a domingo, o CCSP recebe o espetáculo intermídia Corpomáquina, do Robo.Art. No Municipal, a Clarin Companhia de Dança, apresenta 9 ou 80, levando o funk e o passinho ao teatro. Na programação do 26ª edição do Cultura Inglesa Festival, o Sesc Belenzinho apresenta nos dias 14 e 15 Antígona, Interrompida, com a Scottish Dance Theatre.
Neste mês do Orgulho LGBTQIA+, o Cineclube Cortina tem uma programação Pride. No Cinesesc, de hoje ao dia 14, acontece a mostra Umbigo do Sonho: O Cinema de Paula Gaitán. E ,de sexta a domino, a Cinemateca Brasileira passa a Mostra de Cinema Português.
Falando em Portugal, o IMS inaugura hoje a exposição Fotografia Habitada: Antologia de Helena Almeida, 1969-2018. E fica até dia 24 na Galeria Luisa Strina a coletiva Artista de Artista. Já na Galeria Raquel Arnaud, está em cartaz até 15 de julho a individual Célia Euvaldo: Pinturas.
A Osesp recebe o pianista Stevem Osborne para os concertos de hoje a sábado da Sala São Paulo. No programa Tippett, Rachmaninov e Adams.
Hoje tem Walfredo em Busca da Simbiose no Bar Alto, Nômade Orquestra na Casa de Francisca, Ana Frango Elétrico de Bolso no Cineclube Cortina e Música em Rede com Maurício Tagliari e Rodrigo Campos, no Esquina Lab. De hoje a domingo, Cátia de França comemora 50 anos de carreira no Itau Cultural. E, de hoje a sábado, tem Cumbia Fest no Centro Cultural Afrika.
Sexta rola mais uma edição da Rotunda, unindo música e visuais no Bananal, e Os Amantes (Jaloo, Arthur Kunz e Léo Chermont) na Casa Natura Musical. No sábado, tem Tasha & Tracie na Audio, Vanesa Moreno no Bona, Bem Gil e Moreno Veloso no Blue Note, Seu Jorge com Daniel Jobim tocando Tom Jobim no Vibra São Paulo e Meta Golova no Estúdio Lâmina. E, pra quem é do hip hop, domingo tem edição do festival O Fino da Zica no Bananal.
Para um dia dos namorados menos usual, uma pedida é ver Arrigo Barnabé na Casa de Francisca ou a temporada de Sue e Desirée Marantes no Centro da Terra.
Na terça, inclusive, rola a segunda data do Antønito no Centro da Terra, dessa vez com Luiza Lian de convidada, além de Marina de la Riva no B32.
No mundo Sesc: hoje de tarde tem os congoleses Os Escolhidos, no Ipiranga, Sandra-X lança Aquífera no Vila Mariana. Tem ainda Mundo Livre S/A + Tagore tocando Chico Science no Campo Limpo e Nhocuné Soul no Pompéia.
Amanhã tem Abaxaxepa no 24 de Maio, MC Soffia no Guarulhos e Mundo Livre S/A + Tagore no Vila Mariana. Sexta e sábado rola Rashid no Belenzinho e Maglore no Ipiranga. No sábado, BNegão e os Seletores de Frequência faz show no Guarulhos e Dani Black no Belenzinho. Sábado e domingo Moacyr Luz homenageia Aldir Blanc no Vila Mariana e, no domingo, rola o encontro entre KL Jay e Hanifah no Bom Retiro, e Anná canta Gonzagão no Ipiranga.
No começo da semana, Marlene Souza Lima estará no Instrumental Sesc Brasil, na terça, no Consolação. E, para terminar a semana de um jeito mais frito, na quarta começa o projeto Composições Imprevistas, com Lello Bezerra e Rômulo Alexi, no Avenida Paulista.
Para quem é de pista, na Balsa tem Afônica hoje e, no sábado, FunKey. Já no Bar Alto, rola som bom na sexta com a festa Domply, no sábado com a Pluma e no domingo com o Encontrão. No Lote, hoje rola Giu Nunez + Mary Roman, amanhã tem Só Pedrada Musical + Cersv, sábado com Bernando Pinheiro + Gaspar Muniz e domingo tem Tahira, Cecyza e Monamour. Na Casa Rockambole rola Baile do MC Bin Laden na sexta, no mesmo dia tem Calefação Tropicaos no Tokyo. No Cineclube Cortina, sábado, tem a versão Pride do Baile dos Escurinho e, na Casa da Luz rola Junyna Pride. Antes, na Fiel Discos, que discoteca é o DJ DVBZ.
Sem descartar a Parada LGBTQIA+ do domingo, no sábado rola a Parada Preta.
Discos
Aquífera, Sandra-X (independente)
A versatilidade da Sandra-X é admirável. Neste disco, ela volta às canções mais, digamos, tradicionais, bastante informadas pela ancestralidade. Um som lindo, que me conectou mais com os tempos d’A Barca do que da radicalidade de Turbulência, seu disco com Craca que eu amo.
Necromancy, Marcela Lucatelli, Lars Bech Pilgaard e Anders Vestergaard (independente)
O trio liderado pela brasileira radicada na Dinamarca caminha por territórios instigantes, com peso e profundidade, sobretudo a partir do uso da voz e do violino. Nesse álbum Marcela também trabalha com objetos e eletrônica, que se somam aos teclados eletrônicas e guitarras de Lars. Essa cama de texturas de certa forma é aterrada pela bateria de Anders.
Ngo Ma, IzangoMa (Brownswood Recordings)
É muito interessante como são construídos esses temas improvisados, inspirados pela figura materna, e como eles se desdobram na dinâmica desse supergrupo formado na África do Sul com músicos sul-africanos e jovens de Moçambique que participaram de workshops de improvisação. O legal aqui são as múltiplas leituras do som africano, indo do jazz à música mais tradicional, usando os beats eletrônicos integrados de maneira esperta à percussão.
A Passing Cloud, Linda Smith e Nancy Andrews (Grapefruit Records)
Linda Smith e Nacy Andrews começaram a tocar juntas nos anos 1980 em Baltimore. Nos anos 1990, gravaram em casa algumas canções, cujo destino foi a gaveta até as fitas serem encontradas por Linda na pandemia. Ela então propôs à amiga voltar a compor juntas, usando trechos de literatura pop, dando contorno feministas a esses achados. Trocando arquivos entre Maine e Baltimore, as duas reavivaram a chama criativa inerte há 30 anos e lançaram esse disco incrível.
Livros
Minha Cabeça Trovoa, Maurício Pereira (Minerva Editora)
Para mim, Maurício Pereira é um dos maiores letristas em atividade. E ele não só traz as suas letras para esse livro, como conta as histórias por trás delas e daí parte para uma espécie de biografia sem pompa, mas com muita circunstância.
Degelo, Lucrecia Zappi (Todavia)
Novo romance da autora de Acre, a história da reconexão, em Nova York, de duas mulheres que cometeram juntas um crime bárbaro em São Paulo na adolescência, as forçando a olhar para o passado.
Filmes
Corpolítica, Pedro Henrique França (cinemas)
Não existe semana melhor para este documentário estrear do que a do orgulho. O filme acompanha as campanhas de vereadoras de Erika Hilton, Andreá Bak, Monica Benício e Paulo William de Lucca para tratar da representatividade LGBTQIA+ na política institucional.
Noites Alienígenas, Sérgio de Carvalho (Netflix)
O vencedor de Gramado chega ao streaming. O filme que se passa no Acre conta a história de três amigos de infância que se encontram na periferia de Rio Branco quando as facções criminosas começam a dominar o território.
Séries
Fubar (Netflix)
Essa série estrelada por Arnold Schwarzenegger me fez voltar para aquele momento da Hollywood dos anos 1990 em que os filmes de ação começaram a ficar engraçadinhos. Uma história de pai e filha espiões, que garante uma diversão no feriado.
Saint X (Star+)
Série em 8 episódios, mescla drama psicológico e suspense, baseado numa história real, para revisitar a morte de uma universitária, trabalhando em diferentes linhas temporais.