Esta newsletter foi batizada de Ladrilho Hidráulico por conta dos ladrilhos tão típicos de São Paulo e porque, em casa, somos apaixonados por eles. Parte dessa história de amor começa com esses ladrilhos da foto, que vi sendo colocados há mais de 20 anos, nessa casa deliciosa no Bonete, de onde eu faço essa edição enquanto passo um dias gostosos de férias com os amigos na praia. Ou seja, não estarei na cidade, o que não impede de falar das coisas incríveis que vão acontecer nesta semana enquanto curto essa vista chata.
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Para sair de casa
Sábado e domingo vale uma vista à instalação sonora do Grupo Experimental de Música (GEM) no Sesc Vila Mariana. Sábado acontece a performance Avalanche Viva Atrevida Fera, com o Corpo de Baile Abravana no Sesc Avenida Paulista. Sexta e sábado, tem o sítio específico de Claudia Briza Ainda na Caverna de Platão, no Soda. Se você ainda não foi, não dá para perder o File, no Centro Cultural da Fiesp
De hoje a quarta, o Cinesesc recebe a Mostra Aruanda SP. Já na Cinemateca Brasileira, nessa semana rolam três programações bacanas: hoje e amanhã tem o Cabíria Festival, no fim de semana, Deslumbramentos Tchecos e, de hoje a domingo, acontece a mostra Histórias da Amazônia.
Sexta e sábado tem apresentações do espetáculo Querem nos Enterrar, Mas Somos Sementes, do Coletivo Sementes com direção de Camila Andrade, na Vila Itororó. De hoje a sábado o Sesc Pompeia recebe o Senteacena – Pagu 360º, com Laís Marques. De sexta a domingo acontece o solo VACA, de Bruna Betito, no Sesc Belenzinho. E no domingo tem Canto e Cena de Carolina Maria de Jesus, no Sesc Campo Limpo.
Indo para a dança, hoje e amanhã tem Eu Mostro Aquilo que Você Não Consegue Ver com Vivian Trivelin e Pedro Aranha no Centro da Terra.
No Municipal, hoje e amanhã são as últimas sessões da ópera La Fanciulla Del West – A Garota do Oeste, de Giacomo Puccini. Já no São Pedro, amanhã, domingo e quarta tem apresentação da ópera A Rapozinha Astuta , de Leos Janácek, com direção musical de Ira Levin e encenação de André Heller-Lopes. Já na Sala São Paulo, de hoje a domingo há várias apresentações de artistas do Festival de Campos de Jordão. O melhor dia é domingo, com o Brodsky Quartet.
De shows, hoje tem Mundo Livre S/A no Cine Joia, Gabriel Ventura no Bar Alto, Izzy Gordon no Bona, Carolina Suñer & Jazz Messengers no Estúdio Lâmina. Já na sexta, rola Vermes do Limbo, Dirty Hats e Tunnel na Associação Cultural Cecília, Rico Dalasam na Audio, Chico Chico na Casa Natura Musical, Deafkids no Sesc Avenida Paulista, Samuca e a Selva no Sesc Pinheiros e Mawaca no Sesc Vila Mariana. Vale entrar na lista de espera para tentar ver Pra Gira Girar, Uma Celebração dos Ticoãs, na Casa de Francisca.
Com muito shows bons, sexta e sábado rola o Festival Latinidades no CCSP. Amanhã e sábado também tem o segundo fim de semana da Marisa Monte no Espaço Unimed, BK no Sesc Belenzinho, Luedji Luna no Sesc Pompeia. E, de sexta a domingo, vale tentar arrumar um ingresso para ver o Rodrigo Alarcon no Bona ou ver Fernanda Takai no Sesc Guarulhos.
Sábado tem Tulipa Ruiz na Casa Natura Musical, Marcelo Cabral mostrando Motor solo na São Paulo Flutuante, João Bosco Quarteto no Blue Note e Mani Padme Trio no Jazz B. Sábado e domingo rola Cátia de França no Sesc Santana e Anastácia, Ednardo, Hyldon e Josyara no Sesc Pinheiros, além do Mês do Rock no Tendal da Lapa com Ratos de Porão no sábado e Garage Fuzz no domingo. Domingão também tem Maglore no Sesc Itaquera.
Na segunda rola a terceira apresentação da temporada Manguezal, com Maria Beraldo convidando Rodrigo Campos no Centro da Terra. Terça tem Guizado e a Realeza na Casa de Francisca, Linn da Quebrada no CCSP e o genial Paulo Santos no Instrumental Sesc Brasil no Consolação.
Para quem é de pista, amanhã tem festa do Música Crônica no Porta, Gop Tun no Cineclube Cortina, Bloco do Climão no Miúda e Odyssey na Casa da Luz. Sábado estreia a festa Bogotá também no Cortina, tem Full Gás no Tokyo, Raio Laser no Lote, Pista Quente no 0800 Club e Melanina Jazz Funk no Estúdio Lâmina. Domingo termina com Antes da Meia Noite no Bar Alto.
Discos
Sun Arcs, Blue Lake (Tonal Union Records)
A força criativa por trás do Blue Lake é o multi-instrumentista dinamarquês Jason Dugan, que grava desde vários instrumentos de corda, além de órgão, percussão, clarinete e baterias eletrônicas. Nessas faixas cheias de camadas, ele estabelece um forte diálogo com minimalismo, explorando a polifonia enquanto cria um espaço perfeito para a contemplação dos detalhes.
Echoes, Fire! Orchestra (Rune Gramophon)
Seguindo na escandinávia, esse é o sétimo disco dessa orquestra criada por um trio incrível formado o saxofonista barítono Mats Gustafson, o baixista Johan Bertling e o baterista Andreas Werliin, que, neste disco, é acompanhado por mais 40 músicos. Para quem conhece a orquestra de outros discos, nas quase duas horas do álbum, ela pende mais para o groove do que para fritação, o que é ótimo.
I Inside the Old Year Dying, PJ Harvey (Partisan Records)
Em seu décimo álbum, esse foi o desafio de PJ Harvey: transformar 12 dos poemas de seu livro Orlam, do ano passado, em canções. Até por trazer palavras bem pouco usuais, para as quais a gente precisa de dicionário, o disco propicia uma outra camada de complexidade, que casa bem com suas escolhas para os arranjos, os pontos altos dos seus últimos discos.
On Pain, Lloyd Cole (earMUSIC)
As crônicas de amor e desventuras do Llyod Cole me acompanham pela vida toda, começando pelos três discos incríveis com os Commotions nos anos 80. Seu olhar fica mais agudo na idade madura. A nova leva de canções, em que os sintetizadores falam mais alto que as guitarras, reflete uma mudança interessante na dinâmica das composições. De certa forma, me lembram as primeiras canções de quando Leonard Cohen comprou um teclado Cassio.
Livros
Antonio Madureira Armorial Vol 1 (Çarê/Letra da Cidade)
Primeiro de três volumes que reúnem histórias e partituras revisadas pelo principal compositor do Quinteto Armorial, Antonio Madureira. Nesse primeiro volume, o historiador Francisco Andrade aborda todo o começo do movimento até o lançamento do primeiro disco do quinteto em 1974.
Um Livro dos Dias, Patty Smith (Companhia das Letras)
Depois da dica da Adriana Ferreira da Silva, fui atrás desse novo livro da Patty Smith, quase uma edição do Instagram dela, em que ela conta histórias para cada imagem selecionada.
Filmes
Oppenheimer, Christopher Nolan (cinemas)
Com mega elenco hollywoodiano, é uma cinebiografia épica sobre a vida do criador da bomba atômica, mostrando os bastidores do Projeto Manhattan. Filmado para ser visto em IMax.
Máquina de Desejo: 60 anos do Teatro Oficina, Joaquim Castro e Lucas Weglinski (cinemas)
Uma das melhores maneiras de homenagear o furacão criativo que foi Zé Celso Martinez Corrêa é simplesmente dar voz a ele, e principalmente ao seu teatro. É isso que esse documentário faz, com imagens de acervo incríveis.
Séries
Sequestro no Ar (Apple Plus)
O tema não é novo, mas é bem construída essa série em que um especialista em negociações vivido por Idris Elba tenta encontrar uma saída mediada quando o voo de Dubai a Londres onde está é sequestrado.
Jack Ryan (Prime Video)
Na quarta e última temporada, a personagem de Tom Clancy precisa impedir uma espécie de fusão da máfia birmanesa com um cartel mexicano, com aval de parte da CIA. A verdade é que gosto muito mais dos filmes da personagem do que a série que traz um Jack Ryan em começo de carreira.
Eu não paro de ouvir esse novo álbum da PJ, é de uma lindeza como tudo que ela faz (pena que não consegui comprar ingresso pra vê-la aqui pq esgotou num piscar de olhos)
lugar incrível! passamos o carnaval desse ano aí